Há vida no Moinho [doc]



O trabalho parte da atenção e do envolvimento com a Favela do Moinho, último território informal no centro de São Paulo, para refletir sobre o papel da arquitetura diante de disputas urbanas e processos violentos de remoção. Através de narrativas, análises e proposições projetuais, a equipe se debruça sobre as camadas físicas, sociais e políticas que moldam o Moinho como espaço de resistência e pertencimento. Reconhecendo a pluralidade de formas de morar e os vínculos já estabelecidos, o projeto propõe a permanência das famílias em novas habitações integradas à malha urbana, aliadas a equipamentos públicos e espaços coletivos. Ao questionar intervenções como a da CDHU, que apagam histórias em nome da “requalificação”, o trabalho afirma a importância de projetar a cidade com e para seus habitantes, entendendo o território em sua complexidade viva, como um gesto ético e político da arquitetura.

por: João Carlos Ferreira, Julia Danta Decco, Luana Boaventura Silva Rodrigues, Maria Piedade e Gabriela Pinheiro Balbino